Construtores de site: porque não usar?

Existe uma onda de serviços que prometem a criação simplificada de sites, mas designers e outros profissionais da área condenam veementemente o uso dessas ferramentas.

Pode-se pensar que eles estão com medo de perder clientes para soluções que os tornam obsoletos.

Realmente há soluções que diminuem a necessidade de profissionais especializados em criação de sites, mas realmente não são esses serviços.

Vamos explicar os problemas começando pelo mais sério.

É um quebra-galho

Esses serviços funcionam usando programas que estão nos servidores da empresa que os criou. É como se você alugasse o programa que cria páginas.

O problema é que, se o seu site crescer e precisar de mais recursos que não estão previstos no construtor de páginas, você terá que migrar para outro e recomeçar praticamente do zero.

Se for um site com 10 páginas é simples, mas se for um com 2000 artigos?

Mesmo que o serviço ofereça uma ferramenta de exportação existe a curva de aprendizado que pode ter sido menor na hora de aprender a usar o construtor, mas também terá que ser recomeçada do zero ao adotar um CMS melhor.

Vale lembrar que os CMS (sistemas gerencidores de conteúdo – da sigla em Inglês) como WordPress, Joomla, Magento, Moodle e outros, além de estarem longe de ser complicados (ainda que sejam menos simples que a maioria dos construtores que andam por ai) também são gratuitos e mais anda, são opensource, o que garante o desenvolvimento continuado da plataforma.

Resumindo: um construtor de sites te deixa preso a uma solução limitada, sujeita ao risco de falência do seu produtor e com um tipo de bomba relógio esperando seu site precisar de um pequeno recurso a mais que te levará a ter que recomeçar tudo do zero.

Não recomenda bem

Sim, o site pode ficar bonito, mas o internauta cada vez mais antenado identifica certos padrões esperados como a localização dos menus e comportamento da interface além de desenvolver um tipo de faro para “site sério”.

Mesmo subjetivamente o internauta sabe quando está entrando em um site feito com uma ferramenta profissional e quando está em um site “leigo”.

Na maioria dos casos será mais interessante manter um Blogger, Tumblr ou similar do que fazer um site que parece profissional, mas não é. O visitante entrará nele e sairá quando seus instintos apitarem

Não são amigos dos buscadores

Isso é algo que o leigo tem dificuldade em ver, mas se você entrar em um site feito por um construtor e outro feito com um CMS com o navegador Firefox e pressionar CTRL+U (Maçã+U nos Macs) para ver o código fonte das páginas (todo site web é um conjunto de códigos que o seu navegador interpreta e te mostra todo bonitinho) feitas em um construtor parecem muito mais confusos que os feitos por um gerenciador de conteúdo. E são mesmo.

Isso é ruim na hora do site ser lido pelo Google, Yahoo e outros buscadores de site. Isso vai tornar mais difícil localizarem seu site.

Eles não sabem o que são

Hoje os sites praticamente se dividem em dois tipos: redes sociais online (Tumblr, Facebook, Twitter, Four Square, G+) e sites (que podem ser institucionais, blogs ou jornais).

Os construtores de sites produzem algo que parece um site institucional, mas não é. Procura se integrar a redes sociais, mas não são redes. Eles ficam em uma situação híbrida que intensifica a impressão negativa subjetiva que o visitante tem e citei mais acima.

Não parecem vivos

Hoje mesmo sites institucionais devem parecer vivos, ao menos com uma sessão de artigos (ok, sabemos que a i4B está deixando a desejar nisso).

É importante que o site realmente se integre a redes como o Facebook, G+ e Twitter (as três maiores na ordem) e demonstre estar compartilhando sua especialidade com os seus clientes e com a sociedade em geral.

Esse tipo de vida é raro nos construtures, mas são parte do DNA dos gerenciadores de conteúdo.

Resumindo

Enquanto um CMS (WordPress, Joomla e outros) garantem um ambiente fácil de usar, com resultados profissionais e preparados para acompanhar o crescimento do seu site desde uma pequena presença institucional até um portal de notícias e serviços, os construtores de sites tem custos iguais ou até maiores além de manter o site ancorado em diversas limitações.

Não vale o custo/benefício a menos que se trate de um quebra-galho.

Como usar o site e redes sociais para minha empresa ou carreira?

A boa notícia é que a Internet é um território cada vez mais rico para quem quer construir ou melhorar sua carreira ou posição comercial.

A má notícia é que não basta mais ter um site com “Nossos serviços” ou “Quem sou eu” e além do site devemos prestar atenção ao que está acontecendo com nossos nomes nas redes sociais online.

É claro que não existe uma fórmula do tipo “Faça um blog em seu site” ou “Divulgue seus serviços no Twitter”. Cada caso naturalmente deve ser estudado separadamente.

No entanto há certas características inatas a cada ambiente.

Site

Ele é um espaço totalmente seu onde você faz as regras. É sua casa, seu balcão, a recepção dos seus clientes e onde você fala por você mesmo. É a sua voz.

É bom lembrar que as regras sociais estão mudando e compartilhar conhecimento é uma forma muito eficaz de construir reputação. O Dráuzio Varella é um bom exemplo.

Para ter um site rico em conteúdo basta publicar um artigo ou dois por semana e em pouco tempo você terá um bom acervo de conhecimento, mas pense sempre nas necessidades e interesses do seu público alvo.

Twitter

Esse é um espaço mais informal, bastante focado em informações e interação. Ele é ótimo para criar proximidade, mas empresas devem usá-lo com cuidado.

Se o plano for interagir deve-se estar pronto para ter senso de humor e disposição para manter a interação e, caso você decida por um comportamento surdo deixe isso bem claro na sessão “Bio”.

Facebook

Um dos segredos do seu sucesso (ele passou o google.com nos EUA ocupando o lugar de site mais acessado) é oferecer um universo de possiblidades indo desde o botão Like que está se espalhando para sites fora do FB até a criação de páginas para fãs, grupos e causas.

É uma rede menos interativa e informativa que o Twitter, mas essas características também estão lá.

Uma boa forma de usá-lo é criando uma página para o seu negócio onde você poderá publicar fotos, novidades, agendas de eventos e permitir a interação entre as pessoas que orbitam a sua marca.

Tumblr, Youtube, Videolog, o universo e tudo mais

Existem literalmente milhares de redes sociais online. Você pode habitar algumas dentro das suas capacidades de gerenciamento, o Youtube ou o Videolog são praticamente obrigatórias, mas e quanto às outras?

Você provavelmente está lá sendo comentado por pessoas que te conhecem. Uma boa estratégia é criar contas em todas elas e informar algo como “Criamos esse perfil para você nos encontrar mais facilmente, mas as redes que realmente frequentamos estão em meudominio.com.br/dna_online”

Regras de comportamento

Todos os dias vemos declarações assustadas sobre o caos da Internet e como as pessoas não respeitam a propriedade intelectual e a imagem alheia.

Isso dá a impressão de que não há regras morais online.

Bem, para algumas pessoas, nós incluídos, o que estamos assistindo realmente é o surgimento de novos princípios de moral onde, por exemplo, toda cultura deve pertencer à humanidade ser livremente compartilhada.

Essa nova moral não está sendo criada pela Internet, é um movimento antigo da humanidade. A liberdade de expressão com certeza é a raiz do aparente desrespeito com a imagem alheia.

Se compreendemos a nova moral que está se delineando somos capazes de interagir em harmonia com as chamadas geracões Y, Z e C (de conectados).

Conclusão e créditos

Se você for capaz de compreender as mudanças sociais, morais, culturais, econômicas e políticas que estão causando o aparente caos online você será capaz de enxergar a ordem que vem se consolidando e quanto mais cedo você fizer isso, melhor.

Esse artigo foi inspirado pelo workshop da Biattrix do Inovattrix, uma empresa especializada em consultoria de Marketing Aplicado a Grupos Intensamente Conectados.

Naturalmente esse artigo não esgota o tema, ele mal o arranha e tem o objetivo de chamar sua atenção para a necessidade de construir uma presença online além do seu próprio site.

A i4B também apoia o Twestival Global 2010

No próximo dia 25 de março ocorrerá a próxima edição do Twestival, evento que reúne as tribos do Twitter e aproveita para recolher recursos para investir no desenvolvimento humano no planeta.

A i4B participará oferecendo 4 anos de hospedagem (para dois sites no Rio e dois em Curitiba) e 20% dos próximos dez novos sites que pagarem por um ano de hospedagem até 25/03/2010, totalizando R$ 1.530,00 em doações.

Para fazer sua doação basta entrar em contato conosco para contratar um ano de hospedagem na i4B e depois de receber nossa confirmação fazer uma doação de R$255 através do botão Donate que está no canto superior direito do Twestival RJ ou do Twestival Curitiba. Mande o comprovante para o organizador do Twestival na sua cidade e para nós também.

Os dez sites seguintes deverão fazer doações de R$51,00 pelo botão Donate conforme explicado acima e o valor restante será pago para a i4B. Lembrando sempre de só fazer a doação depois de receber nossa confirmação.

É importante entrar em contato conosco antes pois serão somente 4 sites com doação total e no máximo 10 com doação de 20%.

O Twestival é organizado com trabalho completamente voluntário, e 100% das doações são repassadas diretamente à Concern.

A miséria e a falta de acesso à educação são males que ferem mais do que nossas almas, são lanças apontadas contra nossos corpos, pois, em um mundo onde há miséria, também há guerras, desequilíbrio ecológico, diversos tipos de violência, doenças e outros males que atingem a todos nós.

Mudar o mundo é fácil se cada um de nós der apenas 1% a mais do que tiramos…