Em agosto dois artigos da Wired (The Web is Dead! e The Web is Dead? A Debate) reacenderam as discussões sobre o embate entre a Web (que se tornou quase sinônimo de Internet) e os aplicativos móveis (para smartphones e similares).
A equação é a seguinte:
- O caráter livre e caótico da Web faz dela um ambiente fértil e até essencial para a criação, liberdade de expressão, inovação e compartilhamento irrestrito
- Nela não há como controlar a navegação dos visitantes e nem preservar a posse do conteúdo do seu site que pode ser facilmente copiado
- A Web é, então, um espaço vital para a inovação, mas um pesadelo em termos de lucratividade
- Somente lojas e a indústria do sexo tem sucesso financeiro na Web enquanto jornais, revistas e distribuidores de outras mídas fracassam
- Aplicativos para Android, iOS (iPhone, iPad, iPod) e outros sistemas móveis oferecem tudo que uma publicação de papel tinha: controle da navegação e do conteúdo.
- Com lucros mais substanciais no mercado de aplicativos móveis a Web seria abandonada tornando-se obsoletas.
Nessa equação há uma falha de raciocínio ou de semântica: a Web pode morrer para a indústria da informação: jornais, revistas e até redes sociais online (com dúvidas sobre essa última), mas deixaria de ser usada por todos os outros grupos?
Nossa sociedade e até empresas tem uma necessidade de exposição crescente enquanto a informação, a cultura e o conhecimento se tornam a base da economia mundial. Todos tem vontade, aliás, mais do que vontade, tem a necessidade de ter a própria voz e isso significa existir online e ser encontrável.
A morte da Web para a mídia pode ser um marco importante para sua apropriação por pessoas e pequenas ou médias empresas.